Já contei, no segundo post deste blog, como é que começou a minha aventura no mundo dos cartoons. Agora vou contar como é que apareceu na minha vida, esta paixão mais ou menos recente, a caricatura.
Quando me perguntam o que é que eu faço e tento explicar, muitas vezes concluem “Ah, você é um caricaturista!?” Instintivamente refuto “É pá, calma aí, também não é preciso exagerar!”
Se for a passear na rua e alguém disser “Olha, vai ali um caricaturista!” mudo de passeio, acelero o passo e finjo que não é nada comigo.
A questão é que não me considero um caricaturista de corpo e alma apesar de estar a viver neste momento um romance tórrido com a caricatura. É uma amante à moda antiga, com casa montada, mas não sei quanto tempo é que vai durar esta relação… não é a mulher da minha vida.
Tudo começou em 2001 quando fiz esta caricatura para o XIV Salão Livre de Humor Nacional de Oeiras. Valeu-me uma Menção Honrosa na altura. Já tinha feito outras mas foi esta a que me despertou o interesse por esta modalidade, por isso considero-a a primeira. Em jeito de conclusão e para fechar esta conversa sobre amantes e paixões, posso dizer que a Madre Teresa de Calcutá foi o meu primeiro grande amor (caricaturisticamente falando).
Esta foi a segunda caricatura que fiz mais à séria, já em 2002. A primeira foi feita a guache e esta foi feita a lápis de cera de óleo. São 2 bonecos um bocado estáticos, feitos de frente, com o velho truque da cabeça grande e o corpo pequenino. Hoje em dia não as faria assim, mas fazem parte do meu percurso por isso há que ter orgulho.
Tive uma conversa há uns tempos com um amigo que pode ajudar a esclarecer melhor todas estas dúvidas existenciais.
Amigo - Que raio de conversa vem a ser esta sobre o cartoon, caricatura, ilustração… o que é que isso interessa?
Eu - A mim interessa-me definir-me como autor.
A - É uma palhaçada é o que é! "Serei cartoonista?... Serei caricaturista?..." Eu, eu, eu e mais eu, não sabes falar de mais nada para além de ti?!
E - A ideia é mesmo essa, isto é um blogue personalizado, tipo diário da Anne Frank mas sem a parte das fantasias sexuais, em que falo da minha carreira no mundo dos bonecos.
A - Mas afinal de contas o que é que tu és?
E - Sou um banda desenhista frustrado, um cartonista remediado, um caricaturista entusiasmado e um ilustrador obrigado.
A - Ó pá, tá mas é calado!
Esta conversa abalou a nossa amizade, mas ficou tudo sanado pelo Natal quando ele me ofereceu o DVD do Wall-E.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
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4 comentários:
É pena não ter a parte das fantasias sexuais!
Como é possível pôr no mesmo post dois conceitos tão afastados? Madre Teresa e fantasias sexuais?
Boas caricaturas mais uma vez.
Para quando a criação do prémio "melhor/maior comentador"?
Abraço
Também gosto do tintim
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