quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Meu 1º Livro do Sporting - 2

Bons tempos hein?! Na Era dos Cinco Violinos ganhámos 7 campeonatos em 8 anos. Quem os viu jogar diz maravilhas destes cinco magníficos. Dizem que foi a melhor linha avançada de sempre do Sporting e provavelmente a melhor do futebol português. Eu vou mais longe: para mim foi a melhor avançada do universo, melhor ainda que a dupla Postiga/Saleiro. Tenho muito orgulho em saber que foi o meu avôzinho quem montou este quinteto fantástico.
Aqui está ele a afinar os violinos. Quando chegou a presidente já lá estavam o Peyroteo, o Albano e o Jesus Correia. O meu avô juntou ao grupo o Vasques e o Travassos e fez com eles uma sociedade chamada Cofril para lhes garantir emprego e não sairem do Sporting.
Este é o Azevedo, o guarda-redes da equipa dos Cinco Violinos. Por trás de uma grande equipa está sempre um grande guarda-redes como era o caso do Azevedo. Chegou a jogar de braço partido. Naquela altura não havia substituições e os jogadores não eram as flores de estufa que são hoje em dia.
O Manuel Marques, também conhecido pelo mãozinhas de ouro, foi durante 40 anos o massagista do Sporting, de todas as modalidades.
Fernando Mamede, campeão de atletismo e campeão das neuroses. Quando estava em dia sim era campeão da Europa. Quando estava em dia não nem arrancava.
Este era um campeão de todas as maneiras e feitios. Lembro-me de assistir à maratona de Los Angeles, a altas horas da madrugada, e de ver o Carlos Lopes em directo a ser campeão olímpico. O primeiro de sempre. Dizem que comia um cozido à portuguesa antes das corridas.
Os gémeos Castro não chegaram ao nível do Carlos Lopes e do Mamede, mas também fizeram história no atletismo do Sporting.
Esta pançada que o Boloni teve no primeiro ano como treinador do Sporting, Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça, muito deve ao Jardel. Foi o único treinador do Sporting a conseguir esta proeza, dos três títulos no mesmo ano. Ficou para a história.
Sem público nas bancadas foi o que aconteceu ao Sporting em Belgrado num jogo da UEFA contra o Partizan. O jogo foi à porta fechada porque o estádio estava interdito. Os adeptos tinham-se portado mal no jogo anterior.
A três dias da final da Taça das Taças, que o Sporting ganhou, o Hilário facturou a tíbia e o perónio numa jogada acidental num jogo contra o Setúbal. Foi da cama do hospital que assistiu ao jogo e que mandou um telegrama a desejar boa sorte à equipa.
Figo versus Ronaldo. No outro dia tive uma "discussão" com um amigo que me dizia que o Ronaldo não era tão bom como o Figo. Que o Figo no seu auge foi melhor. Obviamente não concordei, daí ter sido uma discussão. O Ronaldo, apesar das unhas pintadas, da pochete e dos saltos altos, foi o melhor jogador que alguma vez vi jogar ao vivo. Para mim está a anos de luz do Figo. Mesmo o Eusébio não acredito que fosse tão bom. O Ronaldo é um monstro do futebol e se continuar assim pode chegar ao Olimpo onde estão o Pelé e o Maradona.

sábado, 11 de dezembro de 2010

O Meu 1º Livro do Sporting

Para acabar o ano em beleza aqui está "O Meu primeiro livro do Sporting", todo desenhado por mim, só por mim, todo meu, só meu, está todo lá dentro!
O ano passado saiu o Meu primeiro livro do Benfica ilustrado pelo Ricardo Galvão. Este ano calhou-me a mim a tarefa de desenhar 70 ilustrações + capa para o livro do Sporting. Mais uma vez os textos estiveram a cargo do Pedro Vasco, esse grande jornalista também sportinguista.

O lançamento foi na terça-feira passada, no Circo Victor Hugo Cardinali (outro sportinguista, curiosamente domador de leões) na festa de Natal do Sporting. Estive sentado ao lado do Daniel Carriço (autor do prefácio) a fazer dedicatórias para os filhos dos outros jogadores que iam passando pela nossa banca à entrada.

Gostei do Daniel Carriço, fartámo-nos de conversar. Basicamente perguntou-me se eu sabia onde era a casa de banho e respondi-lhe que não. Fiquei com a sensação de que, com este capitão, podemos ficar seguros que nunca há-de apodrecer na macieira de Alcochete como o seu antecessor.


A Naide Gomes também promoveu o livro, ia dando autógrafos e tirando fotografias com quem passava.

O Levezinho parece que gostou do livro e do seu boneco.
Aqui está o boneco, a pôr álcool nos pés, por causa do frio, antes de entrar em campo num jogo na rússia. Não está perfeito mas percebe-se pela crista que é o Liedson.
A caminho do dito circo, lá para os lados da Expo, estava atrasado e meio perdido, quando o editor ligou-me a dizer para me despachar que aquilo já estava cheio de lagartada. Respondi-lhe "mas isso é óptimo, é no meio da lagartada que estou bem".
Este livro é para a malta jovem, mas qualquer sportinguista de qualquer idade deve comprá-lo. É uma óptima maneira de conhecer a história do nosso clube através das 70 passagens mais importantes dos cem anos do sporting.
Cada história tem um número, esta é a 18 e fala sobre os 5-0 ao Manchester United em 1964. Bons tempos.
A mítica porta 10 A agora pendurada na fachada do novo estádio.
Os penalties do Damas.
O Leão dos bigodes, Jorge Gonçalves e as suas famosas unhas. Aqui tenta acordar um leão que dormia numa jaula enquanto decorria um jogo entre o Sporting e o Ajax em Alvalade.
O Iordanov festeja em cima da estátua do Marquês a vitória do Campeonato Nacional passados 18 anos de jejum.
Pela primeira vez, seguindo a sugestão do editor, coloquei este livro numa página do Facebook. Quem quiser pode seguir este link e tornar-se "amigo" do livro. Espero que gostem!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Senhor Polícia

O senhor polícia não está na lista dos meus espécimes preferidos. Aliás, está nos antípodas das minhas preferências. Prefiro os ladrões aos polícias. Prefiro ser assaltado por um gangue armado do bairro do Pica-Pau do que ser parado pela polícia numa operação stop. É garantido que, no segundo caso, me vão ao bolso.

Há vários elementos comuns nas fácies dos agentes da autoridade: prepotência, arrogância e nhurrância (de nhurro). Além de que estão sempre de perna aberta. Todos, sem excepção.
Devem ter na Academia uma disciplina que lhes ensina esta posição. Imagino o seguinte horário: 8:30 Tiro defensivo, 9:30 Técnicas de combate com bastão 10:30 Perna aberta...

Acredito que os polícias eram pessoas normais até ao dia em que vestiram a farda pela primeira vez. Aquela farda transfigura quem a usa tal como o anel Um do Senhor dos Anéis transfigurou o Sméagol em Gollum. Usar uma farda e um distintivo dá a volta à cabeça de qualquer um.

Os polícias têm o poder absoluto, podem fazer o que quiserem, inclusivamente decapitar pessoas nos interrogatórios. Morro de medo da polícia e do perigo público que representa.

Foi neste enquadramento que me surgiu uma oportunidade estranhíssima de representar... exactamente... ora vejam:
http://www.youtube.com/watch?v=6h2craya7xg>



Pois é, o senhor polícia deste filme sou eu! Um pai de um amigo do meu filho que também é meu amigo, o que faz de vizinho neste filme (na vida real não tem aquela cabeleira) trabalha com o Nuno Markl nas Produções Fictícias. Em conversa informal, sabendo eu que ele faz regularmente sketchs para a TV, ofereci-me para fazer de figurante. Disse-lhe "se algum dia precisares de um tipo para levar um tiro, de um carteiro para entregar uma carta ou de um polícia para passar uma multa, por exemplo, podes contar comigo."

Mal sabia eu que dois dias depois estavam-me a ligar da produção a pedir medidas de calças e de cabeça (para o chapéu) para fazer de polícia neste sketch.

Foi uma óptima oportunidade de conhecer pessoalmente o "cromo" do Nuno Markl e ainda por cima contracenar com ele. Mal sabia ele que estava a lidar com um actor completamente amador. A minha última representação tinha sido a fazer de Menino Tonecas, numa peça da escola, na segunda classe.

Adorei a experiência.

Mas para a próxima o meu cachet será mais alto.