quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Notícias fim do Ano!

A Revista MAGAZINE-GRANDE INFORMAÇÃO, de quem tenho falado com tanto orgulho e mostrado entusiasticamente bonecos e textos… acabou! É verdade, já não houve a edição de Dezembro. Não era viável economicamente e não aguentou a pressão dos números. Ainda durou milagrosamente 3 anos, o que é extraordinário para uma revista completamente independente feita por uns quantos carolas.
Agradeço ao director Otto Czernin a oportunidade que me deu de colaborar com ele, desde o primeiro número, com caricaturas, textos e também algumas ilustrações (felizmente poucas).
Começo o ano desempregado no que à bonecada diz respeito. Não me faz mossa no orçamento uma vez que as caricaturas e os cartoons não são o meu “ganha-pão”, aliás, são o meu “perde-pão”. Se puser numa balança o tempo que invisto nos desenhos e o retorno económico... chego à conclusão que sou um filantropo.
Resumindo, é um hobby. Há quem colecione borboletas, há quem construa cidades com palitos… eu faço bonecos.
Hei-de ter a minha oportunidade mais à séria, sou um homem paciente. Nem que seja uma carreira fulgurante no Borda D'Água. Os autores que monopolizam os jornais há décadas são mais velhos do que eu, portanto… não estou a desejar a morte de ninguém mas a ordem natural das coisas será esta… quando os mais antigos se reformarem entrará uma nova leva de jovens cartoonistas cinquentões. Nessa altura atacarei em força, na pujança dos 50.
Também tem as suas vantagens estar assim livre que nem um passarinho, sem ter de prestar vassalagem a ninguém e com este blogue para alimentar.
A boa notícia deste final de ano é que apareceu finalmente, uma associação de cartoonistas em Portugal, a FECO. Ora vejam:

FecoPortugal

A FECO-PORTUGAL - Associação de Caricaturistas, é uma instituição sem fins lucrativos.

Constituem atribuições da FECO-PORTUGAL:

a) Promover a arte da Caricatura, Cartoon, Banda Desenhada, Ilustração, Cinema de Animação e expressões plásticas afins;

b) Pugnar pelo reconhecimento, dignidade, prestígio e justa remuneração profissional dos seus autores;

c) Defender os interesses, direitos e prorrogativas dos seus membros;

d) Promover e reforçar a solidariedade entre os seus membros;

e) Fomentar o intercâmbio com organismos congéneres nacionais e estrangeiros;


A actividade da FECO-PORTUGAL não se subordina a quaisquer ideologias políticas, religiosas ou outras, actuando com total independência.

Serão associados da FECO-PORTUGAL os autores de Caricatura, Cartoon, Banda Desenhada, Ilustração e Cinema de Animação que, por direito próprio, estejam devidamente inscritos nesta associação.


Podem ver mais pormenores em: http://fecoportugal.blogspot.com/

Já sou sócio e recomendo a todos os cartoonistas, que andem por aí perdidos e à deriva, que adiram também a esta associação. Espero que a FECO vingue e que dê muitos frutos. É um acontecimento inédito dentro de uma classe onde há pouco espírito de entreajuda. Normalmente é cada um por si, prevalece o salve-se quem puder, portanto há que aplaudir esta iniciativa.
O logo vai ficar aí na barra lateral, tipo emblema dos casacos das tunas académicas, para não me esquecer que pertenço a esta comunidade.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Televisão Não!

Deviam acabar com a televisão!
Foi bom enquanto durou, aprendemos imenso com ela, realmente aquela caixa mudou o mundo, mas agora basta! É por demais evidente que entrou em declínio e devia ser considerada um produto ilícito. Alguém proibia a televisão! Arranjem uma polícia de estado, tipo PIDE, especializada em perseguir todas as pessoas que não cumpram esta nova lei marcial. Quem for apanhado a consumir televisão será vergastado nos calabouços. Quem denunciar um vizinho ou um amigo será recompensado monetariamente e terá as portas abertas para uma carreira política.
O que não aparece na televisão não existe? Muita gente pensa assim. Vivemos obcecados e deformados pela televisão, como se não existisse vida para além dela. Mas existe sim! É por isso que quero acabar com a televisão, para provar que a vida seria muito mais interessante sem este empecilho.
Seria bom uma desintoxicação colectiva para nos libertarmos desta dependência. Temos de regressar às origens, reencontrar-nos com a natureza em vez de ficarmos fechados em casa a estupidificar em frente a este sistema electrónico de transmissão de imagens instantâneas de objectos fixos ou em movimento, acompanhadas de som, pela análise e conversão da luz e do som em ondas eléctricas seguidas de reconversão, captadas num aparelho que tem um tubo de raios catódicos responsáveis pela construção de uma imagem a partir de 625 (ou 405) linhas, cada uma delas com 400 pontos de luz!
— Ah, mas a televisão é uma boa companhia para as pessoas sozinhas!
— Ah sim?! Mais vale só do que mal acompanhado!
Se não existisse a televisão essas pessoas sozinhas teriam muito mais possibilidades de se darem com outras pessoas que também não estivessem a ver televisão! A televisão não aproxima as pessoas, afasta-as! A televisão é responsável pela solidão de muita gente e é um obstáculo às relações humanas.
Ninguém sobrevive à televisão (da mesma maneira que começo a achar que ninguém sobrevive a um blogue)! Mesmo os mais resistentes acabam por ser devorados. O desgaste da imagem é inevitável e quanto mais tempo por lá se arrastarem pior é. Aparentemente é uma maneira fácil de se ganhar notoriedade, de se ser famoso. Mas é uma armadilha, uma ilusão com uma factura muito elevada a pagar.
— Mas porquê tanto ódio à televisão?! O que se passa contigo???
— Passo a explicar: há muitos anos que pratico zapping no sofá. Assumo que sou um “televiso-dependente”. Perco anos de vida a olhar para aquela caixa estupidificante, a queimar os poucos neurónios que me restam. Pergunto-me que homem seria se não existisse televisão?!
É por isso que lanço esta cruzada, para deixarmos de ser prisioneiros daquele aparelho diabólico. Só com medidas radicais é que se consegue acabar com um flagelo! Televisão Não!

Não percam os próximos posts: “Cinema Não!” e “Futebol Não!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Você na TV!





domingo, 21 de dezembro de 2008

O avôzinho lá do Céu

Embalado pelo espírito natalício, onde temporariamente somos todos bonzinhos, caridosos e solidários, nada melhor do que uma caricatura de um senhor que era bonzinho, caridoso e solidário a tempo inteiro.
Serve também este boneco para abençoar o blogue e apaziguar ilustradores, avós, católicos e demais ofendidos. Neste período de paz aproveito para restituir a minha identidade.
Esta foi a primeira caricatura que fiz para a MAGAZINE-GRANDE INFORMAÇÃO para o número 1 desta revista já lá vão 3 anos. Ainda fazia tudo à mão, a guache, aguarela e lápis de cera de óleo (uma técnica demorada que é preciso ter paciência de chinês). Nesta altura ainda não me tinha rendido ao computador. Achava e ainda acho, que um original feito à mão, sem rede, sem hipóteses de fazer "Ctrl Zs" (undos) tem muito mais valor. É como o João Garcia que faz questão de subir ao Everest sem ajuda de botijas de oxigénio. No caso das caricaturas o computador é a botija de oxigénio.
Este texto que segue já de seguida foi o primeiro que fiz na vida, tipo crónica, para uma revista. Foi aqui que descobri que não era totalmente analfabeto e que tinha um Fernando Pessoa dentro de mim. Vá lá, uma Margarida Rebelo Pinto dentro de mim. Independentemente dos erros ortográficos tornei-me um cronista de corpo e alma, pelo menos no entusiasmo!
Ao contrário do texto do Hitler que apresentei integralmente, neste tive de aplicar o lápis azul tal era a lamechice (de bradar aos céus). Apresento aqui alguns trechos desse texto que passaram na censura:

João Paulo II

Acontece-me frequentemente interessar-me por uma pessoa importante depois dela ter partido deste mundo. Qualquer coisa parecida com o fenómeno da morte de um artista plástico e com a valorização da sua obra no próprio dia em que morre. Estas pessoas ganham outra dimensão na nossa consciência pelo facto de terem alcançado um patamar diferente do resto dos vivos. Como já não são uma ameaça permitimo-nos apreciá-los sem preconceitos. Com este Papa até foi diferente, porque já gostava bastante da sua figura mesmo antes de morrer. Sempre o achei o avôzinho simpático da humanidade, com palavras também simpáticas, sempre a apelar à paz e ao amor, apesar de ninguém lhe ligar peva. (...)
(...) foi um homem extraordinário, com uma vida de meter inveja, de uma entrega a uma causa, de uma fé inabalável, de uma alegria de viver e de uma humildade contagiante (...) dando o exemplo com a própria vida.
Acredito que Deus tem muito mais sentido de humor do que aquele com que o pintam. De outra maneira não nos conseguiria aturar.(...)
Um verdadeiro rebuçado para qualquer caricaturista (...) este homem marcou-me pelo seu carisma, pela sua força, pela sua longevidade e por todo o seu percurso. Presto-lhe assim esta última homenagem.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Merry Christmas!

Algo mais apropriado a esta quadra! Fui ao baú procurar qualquer coisa relacionada com o Natal e descobri estas duas espécimes de desenhos, aliás ilustrações, feitos no século passado, no tempo da Maria Cachucha. Fiz este boneco, quando trabalhava numa Agência de Publicidade, há mais ou menos 12 anos, para o cartão de Natal de uma gráfica. Tive de dar uns retoques no original para ficar mais apresentável neste blogue. Vai-se parar ao Pai Natal sempre que é preciso uma ideia para esta altura do ano.
Este Pai Natal, a comer um Häagen-Dazs, tem precisamente 10 anos. Foi um milagre ter conseguido sacar este boneco do CD, com a mesma idade, empenado e amarelado. Esta ilustração (cá está mais uma vez) serviu para o cartão de Natal desta marca cá em Portugal. Lembro-me que tive de melhorar na altura o gelado que está na colher, porque fazia lembrar outra coisa ao cliente, que não gelado, mais a ver com o último post. As mãos e o chapéu estão incompletos porque a imagem aparecia assim mesmo cortada nos limites do cartão e a preguicite aguda estava e está bem interiorizada na minha cabeça. Para um desenho com 10 anos até que nem está tão mal quanto isso. Há outros da mesma altura bem piores (este não levou retoques nem liftings). Tenho de fazer qualquer coisa mais actual envolvendo um Pai Natal.

Serve este post, também e principalmente, para desejar um Feliz Natal a toda a gente que tem a paciência de acompanhar este blogue, e também aos ilustradores (onde me incluo)!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Elegia do Alto Sena

Algures para os lados de Massamá, uma velha engoliu tanto ranho que, passados três dias, fez um cagalhão verde tropa.

Diz a própria: - Aquilo limpar o cú foi um trinta e um, parecia era os mês netos a comer pizza, fios de queijo por todo o lado.


Encontrei esta composição poética num blogue (http://enfartedomiocardio.blogspot.com/). Fiquei encantado com este trecho que resolvi ilustrar (sim ilustrar! Ilustração, Sim!) É uma séria candidata a "Anedota da minha vida".

Devo ter afugentado definitivamente os leitores mais conservadores.

Agradecimentos: ao meu primo e grande amigo Tito, por me ter recomendado o blogue da anedota; ao autor deste texto pela sua sensibilidade artística; à Telepizza; às loiças sanitárias Valadares e à Sra Dona Mª Gertrudes Rabanal pela sua disponíbilidade.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Mudando de assunto

Vou tentar esquecer rapidamente os últimos acontecimentos deste blogue e seguir em frente com a minha vida. Foi definitivamente um post infeliz o da "Ilustração não!". Estava a tentar ser engraçado mas não resultou. Agora compreendo melhor o Marco Fortes quando aquela piada sobre "ficar na caminha" lhe saiu ao contrário. Recebi alguns mails ameaçadores por parte de ilustradores conceituados. Fiquei com medo. Por uma questão de segurança mudei de identidade no cabeçalho. Vou ficar num programa de protecção de bloguistas até as coisas acalmarem. Fui mal interpretado. Não tenho nada contra a ilustração e muito menos contra as mulheres.
Nada melhor para resfriar os ânimos do que uma caricatura de uma personalidade menos polémica. Foi publicada na edição de Agosto de 2006 na revista MAGAZINE - GRANDE INFORMAÇÃO. Também escrevi o texto que segue já de seguida. Um bocado lamechas mas com a atenuante de já ter dois anos.

Adolf Hitler

O Hitler já morreu há mais de 50 anos mas ainda hoje mexe comigo. Ainda não superei a sua morte. A sua figura e a sua personalidade marcaram-me profundamente. Não se assustem, que isto não é o discurso de um fascista melancólico! Antes pelo contrário. Ele ainda mexe comigo no mau sentido. Não superei a sua morte porque ainda hoje me mete medo. Sim! Assumo que este homem, mesmo depois de morto e enterrado, ainda me apavora. Quando procurava imagens para fazer o boneco, ia tendo sobressaltos de pânico, à medida que ia avançando com a pesquisa, com medo que as imagens ganhassem vida e que um hitlerzinho impresso se virasse contra mim aos berros e a insultar-me em alemão. O que mais me perturba, é o denominador comum em quase todas as imagens - a falta de vida do seu olhar. Falta de vida ou falta de amor, que é a mesma coisa. Para mim e para muita gente, ele representa a personificação do mal. Falar no Hitler é como falar no diabo. Mas tenho o defeito de tentar sempre ver o lado bom das pessoas, o que já me tem dado alguns dissabores na vida, e tento arranjar sempre uma explicação atenuante para justificar e perceber condutas inexplicáveis. O que se terá passado na sua vida, ou na sua infância, para se ter transformado naquele monstro? Deve ter sofrido muito de certeza, e deve ter tido muito pouca mama, colo e amor. Só consigo este distanciamento e esta leveza porque ele não me afectou pessoalmente. É um personagem de uma história antiga, de uma terra distante. Mas se fosse judeu talvez não conseguisse sequer fazer o esforço de o ver como o ser humano que era. Há muita gente que fala dele como se não tivesse nada a ver com a nossa raça. Acho que isso é um erro. Acho que nenhum de nós está livre de ficar assim. Não obrigatoriamente com aquele bigode e com aquele cabelo, mas com o mesmo ódio, a mesma prepotência e os mesmos preconceitos. Também há a tendência para centralizar a culpa num só homem. Outro erro. O Holocausto só foi possível porque muita gente o apoiou. Ainda há pouco tempo saiu um filme sobre os seus últimos dias e houve uma grande polémica e indignação pelo facto da personagem estar excessivamente humanizada. E então?! Não seria ele o mais humano de nós todos? Exageradamente e grotescamente humano? Compactando em si tudo o que há de pior no Homem?
O mais incrível de tudo é que anda para aí muita boa gente, supostamente civilizada, que admira a sua personalidade e a sua determinação. Continuam a achar que ele era um vencedor, apesar de ter destruído a Europa e de se ter suicidado em seguida. Desculpabilizam-no pelo facto de ser de direita. E lembram logo que os do outro lado tinham o Estaline, que ainda era pior. Eu não sei qual deles era o pior. Acho é que a humanidade não aprendeu a lição. Não estamos livres destes assassinos. Ou seja, não estamos livres de nós próprios. Continuamos a ter um hitlerzinho em cada esquina da nossa vida.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ilustração Não!

Quando me perguntam o que é que eu faço e eu tento explicar, muitas vezes concluem “Ah, você é um ilustrador!?” E instintivamente sai-me do fundo da alma um “NÃÃÃOOOO, NÃO, NÃO, por favor, não me confunda com essa gente!”
“Ilustrador” é uma palavra que mexe com o meu sistema sensorial. Dizerem-me “Olá, eu sou um ilustrador” está ao nível de um “Olá, eu sou um manequim”. E ao dizerem-me “Olá, eu sou um manequim” estão-me a dizer “Olá, eu sou muito giro, tenho uma cara laroca, tenho imenso jeito para passear na passerelle, mas a minha cabeça é um open space sem mobília”. E quando me dizem “Olá, eu sou um ilustrador” estão-me a dizer “Olá, eu tenho imenso jeito para desenhar e para fazer colagens mas não consigo inventar uma história sozinho, preciso que alguém a escreva por mim”
Por outro lado a palavra “ilustradora” já é muito mais agradável aos ouvidos. E há por aí, espalhadas pelo país, ou talvez concentradas em Lisboa (não faço ideia) ilustradoras muito boas!

Se tivesse de escolher entre ser um bom desenhador ou ser um bom contador de histórias escolheria de caras a segunda hipótese.
Se fosse uma pessoa coerente e funcionasse de acordo com as minhas convicções, não teria aceite fazer estas ilustrações que aqui apresento. Basicamente sou um pesetero como o Luís Figo.

Atenção, não tenho nenhum sentimento de xenofobia em relação aos ilustradores e até gostei desta experiência temporária. Mas a minha ordem de preferência é a banda desenhada em primeiro lugar destacadíssima, a seguir o cartoon, depois a caricatura e lá bem atrás a ilustração!

Estas ilustrações foram feitas para a revista MAGAZINE-GRANDE INFORMAÇÃO, para as “Entrevistas do outro mundo” escritas pelo Nuno Ary. São entrevistas imaginárias a figuras do Além. Primeiro foi o D. Afonso Henriques, seguiu-se o Marquês de Pombal, depois o Platão, a Padeira de Aljubarrota , o Adão e finalmente o Miguel de Vasconcelos.

O Saramago e o Louçã ainda não são figuras do Além, mas como estavam referenciados nos comentários dos entrevistados aproveitei para os “ilustrar”. Por cada entrevista tinha de fazer 3 bonecos.
Já que vamos ilustrar dá sempre jeito identificarmo-nos com o sentido de humor de quem escreve. Foi o caso.
Fecho aqui este assunto com esta ilustração que fiz para a mesma revista mas para outro tema: “Predadores Africanos”.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Amnistia Internacional

No mês passado participei numa tertúlia organizada pela Amnistia Internacional, integrada no Festival de BD da Amadora, para se debater a problemática do cartoon e dos direitos humanos. Primeiro tive que me debater com a problemática de arranjar coragem para me enfiar numa coisa destas. Dispenso conferências e debates principalmente se for um dos oradores.
Mas correu tudo lindamente, houve realmente troca de ideias, falou-se na liberdade de expressão, no papel do cartoonista na sociedade e no mundo, nos cartoons do Maomé, no cartoon do papa com o preservativo no nariz, etc.
Nos sofás VIP desse forum estavam o Osvaldo de Sousa (historiador/Humorgrafe), o José Bandeira (Diário de Notícias) o Rodrigo Matos (Expresso On-line), Pedro Krupenski (director executivo da Amnistia Internacional) e o Pedro Ribeiro Ferreira (eu mesmo na terceira pessoa como os futebolistas). Destaque na plateia para o maestro Vitorino de Almeida que estava interessadíssimo em que nós nos despachássemos, uma vez que ia tocar piano a seguir no mesmo espaço.
No seguimento deste acontecimento fui convidado a participar na publicação de Dezembro da Amnistia Internacional com um cartoon sobre os 60 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na edição anterior o cartoonista residente foi o Luís Afonso com um cartoon sobre o Dia mundial contra a pena de morte. Apresento aqui o cartoon que vai ser publicado (Lá em cima) )e outra ideia que se ficou pelo esboço (esta aqui). Todas estas solicitações por parte da Amnistia para com a minha pessoa deixaram-me repleto de orgulho independentemente de ser um grande amigalhaço do director executivo desta instituição.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Caretas do Porto





Os livros das Caretas, em especial estes dos 3 grandes, contam a história dos respectivos clubes, da fundação à actualidade, com caricaturas e cartoons baseados em textos originais de histórias menos convencionais. Cada autor fez 10 caricaturas e 10 cartoons. Eu faço menos cartoons porque acumulo o design e a paginação do livro. Abrimos uma excepção neste livro do Porto e pusémos na capa um presidente (e também um treinador). Até à data, nos outros livros os protagonistas da capa eram os jogadores. Mas o Pinto da Costa ganhou esse direito de honras de capa. Também excepcionalmente este livro teve uma organização diferente. Mais uma vez o Pinto da Costa foi a charneira. O livro está divido em 2 partes: Antes e Depois de Pinto da Costa (APC e DPC). Escusado será dizer que a parte anterior à Era Pinto da Costa é muito mais curta e muito menos interessante. Deixo aqui 4 das minhas caricaturas tipo trailer do livro. Para verem o resto têm mesmo de o comprar.