De volta ao presente com um boneco mais recente. Este vai ser um blog tipo pingue-pongue com viagens em flash back ao passado e com regressos abruptos ao presente com produtos mais fresquinhos. Não são viagens no tempo muito longas uma vez que tudo começou em 99 como está explicado em posts anteriores. Este boneco foi publicado na revista MAGAZINE-GRANDE INFORMAÇÃO no ano passado acompanhado por um texto também da minha autoria que segue já de seguida. Como podem constatar pela prosa, nutro uma grande admiração por este "senhor".
George W. Bush
A primeira eleição, quando ganhou ao Al Gore, ainda consigo compreender. Houve confusão na contagem dos votos, ainda mais confusão nas recontagens, ao melhor estilo de uma República das Bananas. Para evitarem um vexame maior, depois de não haver consenso quanto ao vencedor, os americanos decidiram dar a vitória ao Bush filho. A tradição de rotatividade entre democratas e repúblicanos jogou a seu favor.
Os dados estavam lançados para um primeiro mandato aterrador. Achei eu, na minha ingenuidade, que os americanos , depois de assistirem aos primeiros quatro anos de governação, iriam categoricamente rectificar o erro tremendo que tinham feito ao eleger este cowboy. Fiquei estupefacto com a sua reeleição! Cada país tem os políticos que merece, mas neste caso as repercussões são mais abrangentes. As decisões de um presidente dos Estados Unidos têm mais implicações na nossa vida do que qualquer decisão de um governante da nossa praça. Vivi esta reeleição como uma derrota pessoal. É um homem que me deixa embasbacado , o seu estilo é assustador. Como é possível estarmos nas mãos desta criatura? Vê o Mundo a preto e branco, e está convencido que faz parte dos Good Guys. Devia haver um Q.I. mínimo permitido para tal cargo.
Enquanto governador do Texas bateu o record de execuções, foi o menos benevolente de todos e não amnistiou praticamente ninguém . Como presidente mantem o estilo de cowboy, adora uma boa pancadaria de saloon. O problema é quando o saloon é o Mundo.
A guerra do Iraque foi de uma irresponsabilidade sem precedentes. Foi um ajuste de contas pessoal para acabar o trabalho que o paizinho tinha deixado a meio. Numa análise mais profunda, aquela invasão forçada teve algo de freudiano, foi o ego de um filho a tentar superar o próprio pai; só podia dar asneira.
Aquele perú de plástico, que ofereceu ao exército americano quando aterrou no Iraque, vestido à Top Gun, para celebrar a “vitória”, diz tudo sobre esta figura.
Lembro-me de ver, no mesmo telejornal, imagens do Iraque, com sangue, desespero e miséria humana e imagens do Presidente Bush a contar anedotas a uma plateia de senhores vestidos de smoking. Todos se riam muito e batiam palmas. A primeira dama era a mais embevecida com o sentido de humor do seu espirituoso marido.
Pode não parecer, mas gosto dos americanos. Não confundo as coisas nem sou mal agradecido. Já safaram os europeus de muitas encrencas. Considero-os da nossa família, são o nosso filho adolescente, infelizmente com queda para a porrada. Tendo em conta as alternativas que existem, prefiro que sejam os americanos a mandar no Mundo.
É só uma falta de empatia com este homem e com a sua pandilha. Aquele Rumsfeld, que já foi despachado, ainda conseguia ser mais sinistro. Já desisti de tentar compreender o Mundo. É tudo muito complicado. Mesmo o atentado de 11 de Setembro foi uma história mal contada, não sabemos o que é verdade ou mentira.
Quanto ao nosso amigo, só espero que tenha os dias contados como presidente e que acabe rapidamente este último mandato antes que dê cabo disto tudo. The end!
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
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1 comentário:
Eh pá, adoras o Bush, tu...
Também acho a criatura (que não a caricatura) aterradora, mas provavelmente foi melhor presidente do que nós (europeus)pensamos.
Mas, lá está, quando se faz muita porcaria, ninguém olha para o pouco de bom que se possa ter feito.
Aguardemos o Obama, the chenge we can believe in!
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