As pessoas vivem obcecadas com a sua aparência. Nem na época de Luís XIV com aquelas perucas brancas e pó de arroz se dava tanta importância ao visual. A preocupação com a imagem está por todo o lado, o raio da imagem tomou conta de nós. Quando vejo amigos meus irem a salões de estética aparar as sobrancelhas percebo que o caso é grave. Até o merceeiro da minha rua tem um PT (personal trainer), anda de manga cava e de um ano para o outro deixou de ter pêlos. Está tudo doido!
Há um SPA em cada esquina, os solários proliferam e os ginásios estão à pinha. O tipo que inventou aquelas passadeiras eléctricas deve estar milionário. Não há dúvida que as pessoas se arranjam muito melhor, investem muito na embalagem e muitas impressionam até abrirem a boca.
O problema são os exageros. Quando começam com as plásticas está tudo estragado. Acabam mesmo por ficar de plástico. Quando riem o pé levanta! Aquelas mulheres maravilhosas das revistas não existem, são feitas em photoshop. Esqueçam, nunca vão ficar iguais!
Qual é o mal de uma ruguita ou outra? Há que saber envelhecer. Quem me dera não ter espondilose ao acordar. Não vale a pena disfarçar a idade com botox e depois não se poder rir de uma anedota.
Os homens estão cada vez mais femininos e as mulheres vice-versa. A tendência é para que um dia deixe de haver sexos e fique tudo igual. Um ser híbrido andrógino que joga futebol de pochette e chora a ver novelas. Nessa altura, esta discussão do casamento dos homossexuais já não interessa.
De braço dado com a aparência física está a aparência monetária. O importante é parecer-se rico, mesmo que se esteja na bancarrota. Um bom carro normalmente resulta, independentemente de se viver numa barraca!
Mas quem foi o gajo que inventou o dinheiro? Era capaz de o matar! O dinheiro traz ao de cima o pior que há nas pessoas! O dinheiro não traz felicidade, está provado! Traz uma coisa muito parecida, mas não é felicidade!
Dá muito jeito ter dinheiro! Quem me dera ter muito dinheiro! Muito mesmo! Se ganhasse o Euromilhões era menino para pagar uma rodada de imperiais aos meus amigos. Vá lá, aos 3 mais próximos. Se ganhasse 5 vezes consecutivas o Euromilhões aí sim, vinha ao de cima a minha generosidade e comprava 11 bons jogadores para oferecer ao Sporting. (Ai, que me descuidei! Tinha prometido não falar no tema)
Quando vejo o programa dos Ídolos penso “Meus Deus, afinal a Maitê Proença tinha razão. Somos mesmo um povo de Azeitólas!” como diz o outro.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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11 comentários:
Ola amigo
O cartoon das senhoras esta fantastico....o que eu ja parti a moca.... :))
Abraço
Cumprimentos Azuis....
estão os dois bons..mas o das gajas..ta brutal!!muit bom mesmo, ta mesmo comico.Tas com bom timing de humor sequencial.:)
parabéns,
filipe
Amigo,
Cada vez gosto mais de excelência!
Não, não estou a falar brasileiro, se bem que tão bem a representas. E isso fascina-me.
Obrigado por expores os teus dons, permite-me a sugestão - organiza um concurso de jovens talentos, põe-nos a render e mudem Portugal.
Abraço, um abraço grande, um abraço de Dragão
lgg
Sr Moralista, então porque faz dieta? É para os filhos não se assustarem com as banhas? É para impressionar as gajas? É para ficar à altura da esponja?
Seja coerente e coma um bife de cebolada com batatas fritas sem ficar com problemas de consciência
Pois é, infelizmente o mundo de hoje ainda "vive" muito à base das aparências, mas é o mundo que temos. Excelentes cartoons caro amigo. Abraço
Hahahah! já me doi a barriga de tanto rir! (olha, por falar nisso - é bom para tonificar os abdominais! haha)
Hilariante memso, e oc cartoons excelentes como sempre!
abr!
Francisco
É tudo uma questão de equilíbrio, de atitude mas sobretudo de saúde. O lado estético vem por acréscimo. Quanto melhor uma pessoa se sente consigo própria, mais bonita parece. Os cartoons estão fabulosos e finalmente sairam da gaveta! Bem mereciam!
Nada como o antigamente, mulheres peludas, com sutiãs largos que não suportavam coisa nenhumam que não iam ao dentista...
O Dinheiro!
Desde que o mundo é mundo, e os nossos antepassados começaram a estabelecer uma sociedade depararam-se como é óbvio com a questão do "dinheiro" ou um valor que permitisse as trocas comerciais e não só.
Estás a ver a mulher do cró-magnon a pedir para ele trazer umas costeletas de Tiranossauro (mas que naõ estejam estragadas) e já agora que levasse as ossadas do brontossauro do jantar de onte-ontem. Quando chegava a parte de pedir dinheiro ela pedia de certeza conchas, pedras ou outra coisa para as despesas da caverna.
Nas ilhas Iap, em pleno Pacífico, nos primórdios dos tempos, tinham pedras enormes em vez de dinheiro, o que não era nada prático (sobretudo para os trocos!).
Finalmente os sumérios, assírios, fenícios, gregos, romanos e outros povos da antiguidade cunhavam moeda em vários metais ou ligas, com as mais variadas éfiges de imperadores e não só. Continuava a haver o problema de como guardar tanto dinheiro. Vieram os agiotas, cambistas e outros parasitas.
Mais tarde na idade moderna, surgem os cheques, notas promissórias ou outros embustes numa tentativa de solucionar os problemas da manipulação de grandes quantidades de dinheiro. Finalmente com uma nova era informática surguem as transferências bancárias e afins.
Tudo isto para dizer que o dinheiro é algo que sempre fez parte deste mundo e das sociedades enquanto comunidades de pessoas. Agora podemos chamá-lo de "vil metal", "mal necessário" ou outros nomes que vai dar sempre ao mesmo. Se não houvesse dinheiro, então o que é que haveria para o substituir? Um sistema de trocas na nossa sociedade actual não se me afigura muito prático ou viável, daí que seja apenas um "mal menor". Não me stou a ver trocar duas cabras pelo valor do passe mensar, não tenho onde guardar as cabras!
Mas que digam que o dinheiro não traz felicidade. Não traz ma ajuda a buscá-la! E de que maneira!
Como pode alguém ser feliz se não tem dinheiro para um mínimo de dignidade, para comer, para ter um tecto,acesso à educação, saúde e outras coisas essênciais para uma vivência digna? É impossível alguém ser feliz e ter constantemente que pensar como é que vai ter dinheiro para comer, para pagar a renda e milhares de outras coisas.
E quando se tem muito dinheiro, podemos ser felizes, mas nunca o seremos realmente a 100% pois falta sempre aquele 1% da essência da chamada realmente "felicidade" que não veio com o pacote nem a conseguiremos comprar por todo o dinheiro do mundo.
Bem vistas as coisas desde que haja o suficiente para que uma pessoa possa viver e sentir-se realizada é a melhor solução de todas.
Por vezes (e muitas vezes) muito dinheiro significa também muitos problemas que nunca tinhamos quando não o tinhamos, confuso mas no entanto irónico, não é?
Obrigado por mais um momento de boas gargalhadas.
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