Adoro ir ao cinema, quer seja um Harry Potter no Alvaláxia (com pipocas), quer seja um filme iraniano no King Triplex. Não sou esquisito. Até aguento um quarto de hora de um filme do Manuel de Oliveira.Foi na condição de pseudo cinéfilo que fui ver o filme Brüno. Não sei bem se se trata de um filme. É uma espécie de documentário de apanhados, pornográfico, obsceno, nojento, genial! Metade da sala abandonou a meio enquanto a outra metade ria desalmadamente como se não houvesse amanhã. O meu caso foi grave, ia sendo hospitalizado com uma crise de asma aguda. Achei que ia rebentar qualquer coisa cá dentro, as minhas entranhas iam saindo para fora.
Quem é este Sasha Baron Cohen? Um pássaro? Um avião? Um louco? Um génio? Fica a dúvida. Só sei que estica a corda, vai aos limites, leva tudo à frente, arrisca a vida ou no mínimo arrisca-se a levar uma valente sova. É um humor hard core sem contemplações.
No Ali G nem reparei, o Borat estranhei mas depois entranhei e foi a partir daí que me entusiasmei. O Brüno é a cereja no topo do bolo de uma galeria de personagens nunca vista.
Para quem não está a perceber patavina do que estou a falar eu explico. Estou a falar de um actor cómico inglês, judeu praticante, que encarna os personagens que inventa, um brother de um gang (Ali G), um jornalista do Cazaquistão (Borat) e um jornalista austríaco gay (Bruno) e vai para a rua com uma câmara atrás basicamente para mostrar o quão patéticos são os americanos. Vale a pena.
NOTA: O Cartoon não tem nada a ver com orientações sexuais, mas sim com a maneira superficial e futil com que o nosso país é governado.








