
Este tema é complexo, não é fácil tomar uma posição. Quem diz que é a favor do casamento dos homosexuais “É um deles!” quem diz que é contra “É homofóbico!”. Sinto-me mais à vontade para falar do caso Sá Pinto ou das escutas do Pinto da Costa.
Mas para quê casar?! Em vez de aproveitarem as vantagens da sua especialidade para quê ter as mesmas chatices dos heterosexuais?! O desenlace do casamento é sempre o mesmo: o divórcio. Papeladas, pensões, tribunais, só estopadas, não se metam nisso!
Depois não se queixem quando levarem com o rolo da massa por chegarem atrasados a casa ou quando forem interrompidos a meio de um jogo de poker para irem mais cedo para casa fazer rolos de carne para o almoço do dia seguinte. Já para não falar dos jantares de família, das datas especiais, da desculpa das dores de cabeça, do candeeiro aceso da mesinha de cabeceira do lado, dos sogros a meterem o nariz e por aí fora.
Será que a maioria dos homosexuais quer mesmo casar? Esta história faz-me lembrar aquela história da velhinha que não queria atravessar a rua mas mesmo assim foi carregada ao colo por um batalhão de bons samaritanos.
Parece-me que há também um batalhão de bons samaritanos nesta contenda a assumir as dores dos homosexuais e que querem casá-los à força como se fossem uns coitadinhos desprotegidos e discriminados.
Toda a gente é discriminada. Hoje em dia um católico monogâmico de camisa xadrez e sapatos de vela é muito mais discriminado do que um homosexual. A discriminação está em todo o lado.
O referendo seria uma perda de tempo, ia bater todos os recordes de abstenção. Este é um assunto que não interessa à maioria das pessoas que estão mais preocupadas com o desemprego, com os empréstimos, com a hipoteca da casa, com os impostos e com a crise.
*os bonecos em cima são dois homens, mesmo o da esquerda.